Duília de Mello, astrônoma e consultora da Nasa, é a terceira entrevistada da série Duas gerações de Brasil: de onde viemos e para onde vamos, produzida pelo Canal UM BRASIL e a Revista Problemas Brasileiros (PB) durante a BRASA EuroLeads 2023, em Lisboa.
A sociedade precisa de cidadãos que entendam e apreciem a ciência. Mais do que isso, que compreendam a importância de se investir na área via recursos governamentais, tendo em vista que a maior parte das pesquisas é gerada em instituições e laboratórios públicos. Esta é a perspectiva de Duília de Mello, astrônoma e consultora da Nasa. Ela lembra que, como, no mundo todo, a ciência é financiada com dinheiro dos impostos, é fundamental que o cidadão entenda o papel do investimento.
“Um GPS, uma luz de LED, o celular e todo este avanço tecnológico dos últimos milênios, por exemplo, são frutos da ciência e do conhecimento humano”, reflete Duília, que também dá aulas como titular de Física na Universidade Católica da América, nos Estados Unidos, ao afirmar que acredita na necessidade de estimular os alunos a entender o papel da ciência no cotidiano.
Segundo a astrônoma, há, no País, uma falha educacional que não enfrentou esta ação contrária à ciência. “O nosso estudante não tem pensamento crítico ou embasamento suficiente para provar que a Terra não é plana, por exemplo. Então, muitos são facilmente convencidos de que é plana.”
Este déficit deu origem, inclusive, ao movimento antivacina, evidenciado pela pandemia. “O fato de a educação não trazer isso para a escola, e o estudante não saber o poder da vacina e quão boa para a humanidade ela tem sido, é que causa este movimento anticiência.”
Assista à entrevista na íntegra: