Ensaio

Palco da periferia

Slams afirmam a força da palavra na manifestação social no Brasil
Gabriela Almeida Christian Parente

Exclusão social, homofobia, genocídio, racismo e feminicídio são alguns dos temas marcantes na estética literária dos slams, competições de poesia falada. No Jardim Guarujá, extremo sul da capital paulista, jovens se reúnem há 18 anos no Bar do Zé Batidão para declamar seus versos. Nesse ensaio fotográfico de Christian Parente publicado na edição 458 (junho-julho/2020), a reportagem mostra como esses movimentos culturais podem transformar a vida de artistas anônimos das comunidades. Ao incentivar e dar voz ativa às minorias, os slams se espalharam pelo Brasil afirmando a força da palavra na manifestação social. O texto foi assinado pela repórter Roseli Loturco.

“Eu vivo da arte, da poesia e da música. Não é fácil, mas a gente tem que acreditar no nosso sonho. Agora vou ser slammer master (organizador do slam), porque quero ampliar os palcos para que outras pessoas apresentem seus poemas”

Márcio Ricardo, rapper e o autor do livro Felicidade brasileira

“O slam foi o palco para as minhas descobertas e o meu fortalecimento. Foi um processo de me ver, me revelar. O que estou fazendo no mundo? Eu me vejo nos outros também e isso cura a gente”

Kimani, poeta paulistana e vencedora do Slam BR

Gabriela Almeida Christian Parente
Gabriela Almeida Christian Parente