A cobrança por empresas ambientalmente responsáveis, com quadros funcionais mais diversos e geridas com transparência e eficácia – pauta condensada na sigla ESG (em português, “ambiental, social e de governança”) – já produz efeitos no mundo corporativo. Contudo, os reais motivos para revisar os modelos de negócio ainda não foram assimilados corretamente pelo sistema financeiro, de acordo com a economista Luana Ozemela, fundadora e CEO da DIMA Consult, empresa especializada em desenvolvimentos econômico e social baseada no Catar.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Luana destaca que, apesar de o sistema financeiro ter avançado “muito nas questões de sustentabilidade”, a pauta social, que pressupõe mais espaço para a participação de mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+ no mundo do trabalho, é movida mais pelo risco de pôr a reputação em xeque ao negligenciar o tema do que pelos benefícios na criação de ambientes heterogêneos.
Na entrevista, que faz parte da série UM BRASIL e BRASA EuroLeads – um novo olhar sobre o Brasil, com apoio da Revista Problemas Brasileiros (PB), Luana avalia que investidores e executivos ainda precisam ser convencidos sobre o potencial econômico da diversidade.
“Ainda não fizemos a mudança transformacional e duradoura que precisamos. E tem muita gente para convencer ainda. Então, não dá para dizer que não precisamos da economia ou calcular o retorno quando, para 90% do mercado, este é o único indicador que eles olham”, explica a executiva.
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