Além de criar mecanismos proativos para atrair mais profissionais negros, as empresas comprometidas com a inclusão precisam viabilizar e apoiar o desenvolvimento destes funcionários dentro da organização, tendo em vista as condições desfavoráveis de formação enfrentadas ao longo da vida.
Do contrário, por falta de competências exigidas para a progressão na carreira, corre-se o risco de promover um ambiente prejudicial à autoestima e à saúde mental dos trabalhadores negros. Esta é a avaliação de Christiane Silva Pinto, gerente de Marketing do Google Brasil e fundadora do comitê AfroGooglers.
Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Christiane diz que, quando o assunto é inclusão e diversidade, contratar mais profissionais negros é apenas “a ponta do iceberg”.
Na visão dela, para abraçar a diversidade as empresas precisam mudar a mentalidade de quem está à frente dos processos seletivos. “Não é só uma universidade considerada ‘top de linha’ que agrega habilidades à carreira de alguém. A trajetória de vida também traz muitas ferramentas”, pontua.
A entrevista faz parte da série UM BRASIL e BRASA EuroLeads – um novo olhar sobre o Brasil, com apoio da revista Problemas Brasileiros (PB).