Potência solar

20 de abril de 2022

A produção de energia solar no Brasil já é maior do que a produzida pela Usina de Itaipu. O país alcançou, em março, a marca de 14,02 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica. Para efeitos de comparação, a Binacional Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, possui capacidade instalada de 14 GW.

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Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Os números levam em consideração a soma das usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos. A energia solar cresce em ritmo acelerado no país e é considerada uma das principais alternativas para a substituição da matriz energética, em todo o mundo, por fontes limpas e renováveis.  

No Brasil, a energia solar já responde por uma fatia superior a 2% da matriz elétrica no País. A principal fonte é a hidrelétrica, com 65% de participação na matriz, seguida por biomassa (9% de participação), eólica (9%), gás natural (9%), carvão/derivados de petróleo (3%). Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao governo federal. 

“A fonte solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica no país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de mais aumentos na conta de luz para a população”, diz Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.

“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos.” Rodrigo Sauaia

Dados da Absolar apontam que a fonte solar foi a responsável por cerca de R$ 74,6 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 420 mil empregos, desde 2012. Do ponto de vista ambiental, foram evitadas a emissão de 18 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Outra vantagem é a economia no bolso do consumidor. Segundo Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, a economia a partir da conversão solar pode chegar a 90% na conta de energia elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País.”  

André Flávio, diretor-executivo do setor de energia da EY, destaca o potencial da energia solar no País: “Várias indústrias ainda não migraram para esta possibilidade, o mercado residencial continua praticamente inexplorado e há muitas áreas com possibilidade de abrigarem fazendas solares”, explica o consultor.

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Agência EY Paula Seco
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