IA no Brasil: o que esperar

04 de setembro de 2023

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O canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), junto com a BRASA em Casa, a maior associação de estudantes brasileiros no exterior, trazem mais uma entrevista exclusiva às nossas equipes.

Dessa vez, o debate é entre o diretor de Dados para América do Sul na Ambev, Daniel Cassiano, e o gerente geral na Wildlife Studios, Henrique Vaz. Os profissionais abordam os dilemas acerca da possível substituição da mão de obra laboral pela inteligência artificial em algumas frentes da atividade econômica.

Por um lado, as empresas precisam preparar seus líderes na condução das inevitáveis transformações, em virtude desse movimento, e ainda qualificar colaboradores para que desenvolvam as habilidades que lhes permitam tornar sua produtividade mais eficiente.

Por outro, a sociedade tem a missão de inserir – e absorver – tais tecnologias, muitas ainda inexistentes, mas que estarão fincadas em todo e qualquer ramos produtivo. Para Cassiano, ainda não está claro como devemos preparar os profissionais para lidar com a ideia de ter a IA sempre ao nosso lado, mas alerta que o conceito de se ter assistentes inteligentes trabalhando em conjunto é algo muito próximo, e exemplifica. O impacto disso, dentro de uma fábrica, por exemplo, é que o trabalhador se tornará muito mais produtivo, desempenhando as tarefas manuais mais rapidamente”.

Vaz, por sua vez, pondera que, especificamente na Wildlife, a estratégia está dividida em duas partes: o uso da IA com técnicas e tecnologias aplicadas à resolução de problemas e, também, sua aplicação ferramental. Ou seja, tornar as pessoas mais produtivas e, também, testar ferramentas novas. “Ainda assim, quando falamos em IA como solução para resolver problemas, tomamos o cuidado de não adotarmos tudo o que temos disponível. Para a maior parte dos problemas, os recursos mais básicos já trazem a solução. O que temos feito é, para desafios mais complexos, termos um cientista de dados mais experiente focado em entender como tais tecnologias funcionam e como podem ser aplicadas no nosso contexto”, argumenta.

“A questão do que se pode fazer de força automatizada com robôs para alcançar as pessoas digitalmente é um desses pontos nebulosos”, complementa Cassiano. A sociedade, como um todo, ainda não sabe organizar bem essa conversa e esses limites, pois as coisas estão avançando muito rápido. A discussão em torno de um tema é ‘atropelada’ por outras mudanças que estão vários passos à frente, enquanto nós estamos vários para trás”, defende.


Assista ao vídeo completo a seguir:

Redação PB Débora Faria
Redação PB Débora Faria